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domingo, 30 de junho de 2013

O Sistema de Pagamento por Produção




No corte de cana, utiliza-se um sistema de pagamento por produ-



ção que enquadra toda a atividade dos trabalhadores, tornan-



do-se a mais penosa.





Neste sistema, teoricamente, quanto mais se corta mais se ganha. A



avaliação da quantidade de cana cortada pelos trabalhadores é, portanto, seu



ponto nevrálgico. Ela é feita por meio de um complicado sistema de medidas



que será descrito a seguir.





Medição da cana cortada



A primeira etapa da medição da cana cortada é realizada por um tra-



balhador que se chama “medidor”. Na região de Araraquara, ela é feita por



meio de um compasso de dois metros de raio, que vai sendo rodado no solo e percorrendo toda a rua.





Há dois sistemas diferentes para se fazer a medição da cana cortada: o



metro corrido ou “metrão” e o “metrinho”



.



No metrão, utilizado principalmente nos eitos de 5 ruas, o medidor mede apenas uma rua do eito — a terceira — onde se amontoa a cana cortada.



Por exemplo, se uma rua tem 100 metros e o eito tem 5 ruas, a medida do eito



é de 100 metros. No sistema de metrinho, utilizado em geral nos eitos com mais de 5 ruas, a medição é feita na terceira rua e o seu valor é multiplicado pelo núme-



ro de ruas do eito. Por exemplo, se uma rua tem 100 metros e o eito tem 6 ruas,a medição será de 600 metrinhos.





No final da rua de medição há uma cana em pé na qual o cortador mar-



ca o seu número, identificando que ele é o responsável por ela:



Corta uma cana, finca no chão e põe lá o seu número. Então, com o próprio barro da terra — a gente não tem lápis, não tem nada para marcar — a gente pega um



pedacinho de barro, descasca a cana no meio e marca.





A medição pode ser acompanhada pelo cortador mas, em geral, isto



não acontece:





A maioria [dos medidores] começa a medir conforme vai acabando o eito... Ele espera uma quantidade boa de pessoas cortarem, terminar o eito para depois vir medindo...





É por isso que tem que ter o número na cana, porque às vezes a pessoa não está no eito.



Após a medição, o medidor anota em um papel o número e a metragem de cada trabalhador:



número cinco, 300 metros, naquele dia tal. Esta folha se chama pirulito. Em algumas usinas os trabalhadores ficam com uma cópia do piruli-



to, em outras não. É a partir destas anotações que se vai pagar o trabalhador.



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